Estávamos num restaurante chinês em São Paulo, na hora do almoço. Ouvíamos vários latidos e perguntamos para os garçons. Era um Pet Shop bem do lado. Descemos pra ver a frente do Pet Shop, e nos deparamos com uma gaiola e uma única gatinha que miava sem parar. Ela era a coisa mais linda do mundo! Estava lá sozinha, e abandonada. Queríamos levar na hora, porém o veterinário nos disse que uma menina ia voltar no dia seguinte para dar de presente a uma amiga. Tiramos fotos, namoramos pelo celular. Minha avó inventou uma história de que ela era idosa, que queria essa gatinha porque ela tinha se afeiçoado muito com a gatinha da minha irmã, a Kitty, que é muito parecida. Ele ficou de ligar no dia seguinte.
Dia seguinte. Nada de telefonemas. Minha irmã voltando pra casa dela na Espanha, e a Kitty indo embora junto. Tristeza em dobro. Na volta do aeroporto, ligamos de novo para o PetShop e perguntamos pela gatinha. O veterinário nos disse para esperarmos até às 17hs, pra ver se a outra menina aparecia. Eu estava em cólica já. Já tinha até o nome da gatinha. Ela tinha que ser minha.
Quando deu umas 16:30hs ligamos de novo. Desta vez passei o telefone para minha avó, pra ver se ela fazia um draminha básico. E então ela começou a fazer um positivo com as mãos e se sacudir toda! Isto significava SIM, podem vir buscá-la.
Mesmo cansados, fomos direto para o PetShop. Na espera, nos trouxemos a gatinha. Peguei no colo e falei: - Oi Lolla! Ela já sabia que era minha. Tomou vermífugo e tudo que precisava. Compramos areia, potinho para água e ração. Ela já tinha caminha, brinquedos, tudo em casa, que a minha irmã deixou da Kitty. Depois fizemos a ficha dela. Nome? Lolla. Meu pai acrescentou, com dois eles. Demos risada. Pelagem? Tigrada. Raça? SRD[sem raça definida]. Data de nascimento? Bom, ela tem dois meses mais ou menos, então, abril. Gritei: -15 de abril! Niver do papai! Daí minha mãe falou: -Aí que ele nunca mais comemora ahahaha Então, dia 18 de abril, pronto.
O veterinário colocou a Lolla numa caixinha, porque ela estava na maior agitação com todo aquele movimento. Fizemos vários furos na caixa de papelão, e fechamos em cima pra ela não escapar de medo. Durante o caminho para casa, foi engraçado, porque às vezes se via um bracinho num buraco, saindo pra fora, ou a carinha querendo sair por inteira rs
Chegamos enfim em casa. Arrumamos o espaço dela, e abrimos a caixa devagar, com medo que ela saísse voando! Ela saiu devagarinho, cheirando tudo, e foi direto para o pratinho de ração. Estava esfomeada! Tomou água, e já foi pra caixa de areia fazer xixi rs Ela já sabe que é lá o lugar das necessidades. Impressionante a inteligência. Depois foi aquela coisa. Dorme acorda dorme acorda, de repente, o primeiro cocô. Estávamos preocupados que ela fizesse no chão, no carpete, na cama, sei lá rs Mas ela foi lá na caixa, fez, e cobriu com areia. Depois dormiu toda quentinha no edredon bem perto de mim, entre pescoço e ombro. Claro que acordou mais algumas vezes, miou, mas, bebê é assim mesmo.
